quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O Xangô de Baker Street - Jô Soares

OLÁ OLÁ!!! Aqui é Thiago Rocha, novo membro dessa equipe linda. Vou dar meu melhor para apresentar do que conheço do mundo geek, seja de filmes, séries ou livros. Também pretendo trazer, quando pertinente, o que foi comentado na internet, como vídeos ou o que surgir.

Enfim, essa publicação além de ser a minha primeira é sobre O Xangô de Baker Street. Espero que gostem e um feedback é sempre construtivo.


Violino, orelhas, dançarina, Brasil, Sherlock Holmes. Essas palavras que parecem ter sido aleatórias são chaves para um enigma construído por Jô Soares, sua obra é bem diferenciada de outras histórias de mistério e essa é uma das principais características. O suspense está entrelaçado um humor nem um pouco ofensivo e que traz muitas peculiaridades do século XIX.

Sarah Bernhardt foi uma famosa atriz francesa, também dançarina e cantora, e está fazendo uma tourner nas terras tupiniquins e foi recebida por ninguém menos que Dom Pedro II, o Imperador do Brasil. Já que nosso antigo regente foi um grande admirador de artes em geral comenta com ela sobre a perda de uma grande amiga, um violino Stradivarius, por reconhecer o valor desse instrumento Sarah decide intervir chamando o melhor detetive de Londres, cujo nome já está marcado em nossas mentes, por séries, livros ou filmes. Na mesma época um maníaco surge e tem um hábito estranho, decepar orelhas e colocar cordas de violino em suas vítimas, claro que não podia ser coincidência. AVISO: Você irá suspeitar de todos, todos, e mesmo assim vai errar o culpado, pelo menos foi o que aconteceu comigo.

A obra é um grande pastiche, já que agrega o estilo de um livro já conhecido, Sherlock Holmes, mas reestrutura com novos significados para o detetive e tradições típicas brasileiras, como a caipirinha ou religiões de matriz africana. Que miscigenação bonita é a junção de Londres com o Rio de Janeiro, quem diria o grande detetive se apaixonar por uma atriz brasileira ou Watson, assistente, encontrar com a Pomba Gira? Jô Soares consegue conquistar qualquer tipo de leitor com esse livro, por isso está de parabéns.
Thiago M. Rocha

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