quarta-feira, 16 de março de 2016

[Resenha] Mundo Novo, de Chris Weitz

"Uma arma biológica matou todos os adultos e crianças. Todos. O mundo (pós-apocalíptico) está um caos, todos os adolescentes (misteriosamente imunes ao ataque, mas só até completarem 18 anos, aí morrem também) se dividiram em tribos, que vivem em constante conflito entre si. Jeff, Donna e seus amigos e não-amigos partem numa busca pela cura, enquanto procuram, também, descobrir o que realmente aconteceu. E eles não possuem muito tempo... "
Essa seria a minha sinopse para esta bela obra (Olha essa capa, gente, que linda. Uau.
Enfim, deu pra sacar bem o plot central, né? Então vamos nos aprofundar mais um pouquinho; uma arma biológica desconhecida matou todos os adultos e crianças. Tá, Jay, isso eu já entendi. Okay, mas por quê apenas adultos e crianças? Pra falar a verdade, eu não entendi muito bem. Aliás, entendi, mas não sei explicar, mas vou tentar; o vírus (ou bactéria, ou sabe-se-lá-o-quê) age numa determinada área do corpo (a palavra específica me escapou, lamento), e, tal área é meio que "desativada" naturalmente quando entramos na adolescência, portanto dá pra entender bem como o vírus (ou seja-lá-o-que-for) age, certo? Ou não? Acontece, leitores, que, ao saírmos da adolescência, entrando na vida adulta, tal área é reativada, e, com ela, o vírus (ou seja-lá-o-que-for) também é ativado. Pra resumir; todos morrem por causa da tal bio-arma (essa palavra existe?), os adolescentes só tiveram o azar de viver um pouco mais.
Morrem bilhões de pessoas, meses se passam, e agora nos encontramos em Nova York. Lá, conhecemos a tribo da Washington Square Park, onde vivem os personagens principais; Jeff, Donna, Crânio, Peter e Minifu (quê?).
Pra simplificar e não dar spoiler; Crânio, que como o nome sugere, é super inteligente, e se acha capaz de encontrar uma cura para a (vamos chamar leigamente de) doença. Existe um artigo na biblioteca pública que explica como surgiu a "doença", e como ela age. Crânio precisa desse artigo se quer tentar achar uma cura, logo ele pede a Jeff para ir atrás do tal artigo. Jeff aceita. Com eles, também vão Donna (melhor amiga de Jeff, e que não retribui o amor do moço por ela), Peter (amigo de Donna e Jeff, negro e gay -parece inútil apontar isso, mas não é, acreditem), e Minifu (o pai dela era chamado de Sifu, uma palavra em alguma língua que esqueci ~perdão~ para mestre. Ela queria ser chamada de Sifu como seu pai, mas, por seu tamanho, acabou sendo Minifu mesmo, haha).
Os cinco, então, embarcam nessa busca (qual a melhor palavra?) louca atrás de respostas, e, quem sabe, uma cura. Nem preciso dizer que tudo dá errado e eles se dão bem mal, né? Pois é, surprise surprise. E quem acha que esse é só mais um livro chatinho sobre angústias adolescentes está bem errado! Pode apostar num livro cheio de mortes, tiroteios e sátiras engraçadas sobre a vida que nós (sim, você também) levamos.
A narração é feita por Jeff e Donna, com diferenças mais que visíveis entre os dois; Jeff é mais "culto", se preocupa sempre em narrar da melhor maneira possível, enquanto Donna só liga mesmo pra contar a história. Os capítulos narrados por Jeff são mais "trabalhados", não que os de Donna não sejam, mas, ao meu ver, Jeff parece querer contar tudo perfeitamente, enquanto Donna só se importa em repassar a história (acho que repeti a mesma informação, mas que mal tem, não é mesmo?). Enfim, a escrita é deliciosa, e as diferenças entre as narrações ajudam bastante a montar um perfil mais realístico dos personagens.
Me agradei muito com a leitura de Mundo Novo, quero logo ler a continuação. Os livros (Mundo Novo e Nova Ordem) foram publicados no Brasil pela editora Seguinte (<3), aliás, o terceiro e último volume da trilogia (terceiro e último, ah vá) deve sair ainda esse ano lá fora, sem previsão para lançamento aqui no Brasil. Este é o primeiro romance do autor, mas podem botar fé! Esse carinha dirigiu Crepúsculo e A Bússola de Ouro (melhor filme <3, resenha do livro sairá algum dia, ou não, não sei se faço), e já foi até indicado ao Oscar.

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